Galo à garra charrua
Foto: esporte.uol.com.br
A luta por cada palmo de grama, o suor, a gana por cada bola. A garra charrua, característica dos clubes e do selecionado uruguaio, nunca esteve tão presente no galo dessa última quarta-feira no Independência.
Sim torcedor! Vimos, depois de muito tempo, um Atlético "uruguaio". Foi na vontade, na imposição, no embalo de uma massa "incontrolável". Se faltou um futebol vistoso, sobrou dedicação dos jogadores.
Parabéns a torcida! Abraçou o time desde os entornos do Horto com a rua de fogo mais impressionante de todos os tempos... O Horto pulsou novamente! Ao som, as cores e a paixão do atleticano.
No gramado
O Galo ressentiu-se de um meia para controlar o jogo. Faltou um 10 para assistir aos atacantes que por sua vez, tiveram de se desdobrar como nunca. A entrada de Carlos no time me surpreendeu muito. E foi um acerto de Aguirre. O camisa 13 se houve muito bem. Abrindo pelo lado, trocando de posição com Pratto a frente e recompondo bem defensivamente.
A lateral direita
Continua sendo o ponto mais vulnerável da defesa atleticana. Lado do Marcos Rocha. Justo ele que tanto elogiei em muito dos textos anteriores a este por ter evoluído defensivamente. O Racing, como o América no final de semana passado, com o lateral Grimi e o meia Acuña exploraram como nunca as falhas defensivas do ala atleticano.
Há um erro avaliativo por parte dos laterais e que precisa ser acertado pelo treinador. A questão é a seguinte:
Em um esquema original de três volantes subentende-se que os laterais ficam mais a vontade para atacar. Atuando como alas, já que na teoria dois dos três meias cobririam a investida dos mesmos.
Porém, o Atlético atua com três volantes só que de uma forma diferente. Júnior Urso não atua como volante. Ele joga aberto pela direita. Fazendo, de maneira improvisada, a função do Luan.
Assim, o Marcos Rocha não tem quem cubra seus avanços. Portanto, é preciso que ele entenda essa situação e use de mais critério e cuidado em suas saídas para o ataque.
Pratto
Melhor partida do "urso" argentino com a camisa do Galo.
Jogou com a raça e disposição característica dos argentinos. Lutou, inverteu de posição, deu assistência, marcou gol e comandou o time em campo. Foi referência fundamental na partida.
Amanhã é decisão!
Aprovo a decisão de Aguirre em colocar a força máxima (dentro das possibilidades) amanhã contra o América pela final do Estadual.
Título é título!
Espero que o espírito e a garra charrua aflorem novamente no Mineirão. A torcida já fez sua parte, esgotou todos os ingressos e apoio não faltará. E assim será também contra o São Paulo, pelas quartas de final, na Libertadores.
Pra cima deles Galão uruguaio! Saudações Alvinegras!
*Fotos (imagens): Twitter @ricagalo13 / @PasionFutbolFC (respectivamente)