Carta aberta ao Sette
Vencer, empatar e perder é do jogo...
Entretanto, há derrotas e derrotas...
É lógico que ninguém é afeito a perder, mas essa possibilidade é real àqueles que competem.
Competir;
Verbo intransitivo - Significado: concorrer com outrem na mesma pretensão, rivalizar, disputar.
Competimos o tempo todo. Por melhores oportunidades, por um lugar ao sol, por reconhecimento, por reciprocidade...
E no esporte assim o é. O lema olímpico diz: "O importante é competir"
Se o sentido do esporte é a competição. Do que podemos classificar a vexatória atuação de ontem?
De certo que haverão aqueles que possam vir a contestar o valor, o mérito esportivo... Ainda sim, não era preciso mais esmero daqueles que ali chegaram na condição de finalistas?
O que o Atlético fez ontem em Londrina foi algo repugnante. Digno de banimento segundo os preceitos do esporte.
Assistimos a uma equipe totalmente descompromissada para com o pavilhão e o seu povo.
Sem alma, sendo desprezível a competição e ao adversário. Que por sua vez, fez por merecer a conquista pois a valorizou desde o início.
Faço essa carta aberta ao provável sucessor da atual gestão do Atlético para mostrar toda a minha exaltação e cobrar por mudanças. Sobretudo, ao departamento de futebol profissional do clube.
É ultrajante ver o atual gestor, do qual me recuso a partir de então a citar o nome, blasfemando seis anos de trabalho duro feito pelo ex-presidente.
Indigno! Bastardo!
Descartou o trabalho de quem o preparou por dois mandatos na sarjeta!
Recolocou o clube na rota das zombarias e do descrédito. Nos tornando novamente coadjuvantes no cenário nacional e sul-americano.
Despreparado! Arrogante!
Arrendou pra si todas as funções das quais não tinha (e continua a não ter) o menor conhecimento.
Tão pouco teve hombridade (pra não falar culhão) para reconhecer que esteve errado por todo esse tempo a frente do departamento mais importante de qualquer clube.
Acanhado! Covarde!
Se acovardou perante jogadores que reconhecidamente derrubaram treinadores.
Submeteu-se a pressão da imprensa e da torcida.
Não teve pulso para cobrar trabalhos questionáveis realizados por departamentos fundamentais como a fisiologia e a preparação física.
Saiba Sette Câmara que será preciso recomeçar... Quase do zero.
Que o reinício seja marcado pelo Departamento Profissional de Futebol.
Que a cadeira mais importante do clube, abaixo a do Presidente é claro, seja dada a quem com notória competência, reconhecido conhecimento, know-how no mercado de atletas e principalmente, com autonomia para tomar decisões.
Aos insatisfeitos, a porta é a serventia da casa!
Doa a quem doer! Faça o que entender ser melhor para o Atlético sem se preocupar com a opinião de terceiros...
A qualquer profissional do clube. De diretor a jogador, de preparador a membro da comissão técnica... Rua pra quem merecer!
Inclui-se nesse item a renovação desse elenco.
Muitos são aqueles com imagem desgastada perante a torcida, e você na nossa posição de torcedor sabe bem quem são.
Opções como rescisões, empréstimos, encerramento de vínculos não sejam descartadas dentro da legalidade jurídica e viabilidade.
Sem vaidade por favor...
Do contrário do atual gestor que pensa que só servem para o clube jogadores da mais alta prateleira, busque por opções em mercados emergentes. Como o sul-americano, as divisões de acesso do país, mercados alternativos, dentre outros.
Quantos são os bons jogadores espalhados por este planeta bola e que não gostariam de jogar no Galo? Só que para identificá-los é preciso profissionais integrados com o diretor de futebol e a comissão técnica.
Peças pontuais pra compor o elenco?
Dessa vez não! Não mesmo!
Carecemos de rejuvenescimento nesse time. Precisamos de atacantes de velocidade, de um ou mais meias articuladores, de zagueiros com mais vigor físico e condição técnica. Laterais para os dois lados do campo, centroavante...
Elenco vencedor não é feito de jogadores caros e consagrados.
Time campeão é composto de atletas com vontade de assumir protagonismo, que anseiam por seu lugar ao sol, que pleiteiam ir além.
É preciso (ou passou da hora) que esses conceitos sejam revistos no Atlético.
Torcer por 46 pontos...
Me diga Sette Câmara por quanto tempo não passávamos, na temporada, por uma expectativa tão medíocre?
Um clube que vinha de cinco classificações seguidas a Libertadores da América...
De uma conquista do maior torneio interclubes da América do Sul, de um título sobre o menor rival na Copa do Brasil, da Recopa, da disputa de Mundial de Clubes.
Voltamos a era das trevas no que tange o futebol...
De que nos adianta tamanha estrutura (melhor CT da América do Sul, futuro estádio próprio, sede de Lourdes, um clube social, 49,9% de um shopping localizado na área mais nobre da cidade) se não chegaremos a lugar algum nessa temporada?
Se estamos disputando com outros 13 clubes a indesejável queda para a segunda divisão do futebol brasileiro?
Se ontem perdemos o título de um campeonato para um clube da divisão de acesso?
Nós atleticanos (incluindo você) queremos disputar todos os torneios para vencer.
Se não pudermos ser campeões de tudo, ao menos que disputemos uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores, ou que conquistemos um novo campeonato nacional.
Mas olha o que nos restou em 2017...
É lamentável Sette Câmara... e o é porque pensávamos que tínhamos mudado de patamar e não voltado a era do ostracismo do futebol brasileiro e dos demais cenários.
Eu espero que você leia meu desabafo... Afinal de contas sou um atleticano representando por meus textos e meu blog outras centenas, milhares, milhões de alvinegros indignados, frustrados, incrédulos com que a atual gestão vem fazendo com o nosso Galo.
Meu último pedido a você:
Nos coloque novamente nos trilhos das conquistas e das glórias Sérgio Sette Câmara!
Saudações Alvinegras!
Foto: Google