Planejamento. Qual o planejamento?
É... Não deu.
2016 vai se despedindo e dessa vez, ao contrário de anos anteriores, ficaremos sem erguer uma taça sequer...
Ao menos ficou o consolo de entrar na fase de grupos da Libertadores 2017.
Não por mérito esportivo, já que não conseguimos ficar entre os três primeiros que garantiram no campo tal direito. E sim, pela desistência dos clubes mexicanos. Que por questões de calendário, não teriam condições de disputar a Copa.
Este foi o planejamento? Qual o planejamento?
Conseguir perder o campeonato estadual para o rebaixado América Mineiro?
Acabar o ano tendo passado três treinadores pelo clube. Sendo o último na condição de interino para preparar o time, em 5 dias, para uma final de Copa do Brasil?
A formação de um elenco desequilibrado? Onde sobram atacantes, mas não há meias, laterais e principalmente zagueiros?
Um time com mais de 70 lesões e a presidência (no primeiro semestre) atestando e aprovando o trabalho da comissão que cuida da preparação física e fisiológica dos atletas?
Jogador (Cazares) descompromissado, fazendo o que bem quer e a diretoria fingindo que não vê?
Outro (s) boicotando treinador e a diretoria nem aí. Como se não fosse problema dela?
Uma categoria de base que não revela mais ninguém. Jemerson terá sido o último?
Quem assistiu o jogo ontem pela Copa RS - sub 20 ficou assustado... O time quase perdeu para o Atlético Rafaela da Argentina com um jogador a mais em campo...
E em 2017. Teremos planejamento?
Parece que não né. Quem ouviu a entrevista que o Léo Gomide (setorista do Atlético) publicou em seu perfil no Twitter logo percebe o quanto o Daniel Nepomuceno está perdido.
A Flórida Cup é o exemplo perfeito. Se o clube não tinha condição de participar com a seriedade necessária porque então participar do torneio?
Agora mandar time alternativo, com jovens da base? A mesma base da qual citei no parágrafo anterior?
Nepomuceno está querendo o quê? Expor de forma vexatória o clube (atual campeão) no cenário internacional? Afinal de contas, a cada nova temporada a Flórida Cup ganha mais visibilidade e notoriedade como torneio de preparação para a temporada.
Se com dedicação exclusiva ao clube em 2016 Daniel fez esse tanto de lambança. Imagina só agora, acumulando a presidência com a função de secretário na gestão Kalil na Prefeitura de Belo Horizonte?
Ao meu ver, teremos dois serviços mal feitos.
O povo belo-horizontino e o atleticano que se prepare. O segundo principalmente, vai sofrer duas vezes.
Daniel Nepomuceno é um moleirão.
Gerir um clube de futebol requer muito mais que um papel de administrador de dívidas e contratos. É necessário ter pulso, austeridade e controle de tudo. E não é o que acontece.
Espero que o Maluf tenha se recuperado efetivamente, por que a responsabilidade cairá sobre seus ombros. E ele não terá amparo algum da presidência.
E por falar em contratos...
Essa possibilidade do Atlético fechar com a Topper como fornecedora de material esportivo para a próxima temporada coloca em xeque uma das qualidades que eu pensei que o Nepomuceno tivesse. A impressão que eu tenho é que nem a presidência, nem os diretores e alguns torcedores têm a noção de que um contrato não se constitui somente de valores.
O Clube precisa avaliar e considerar outros fatores (cláusulas) que podem tornar propostas inicialmente menos atrativas em um contrato melhor e mais vantajoso a instituição.
Questões como qualidade do material, logística de fornecimento, exposição da marca nos cenários (nacional e internacional), valor agregado e participação no mercado são tão importantes quanto.
Vejamos as marcas interessadas.
Adidas e Nike: Ocupam invariavelmente os primeiros postos no mundo quando pensamos em esporte. Abarcando as maiores fatias do mercado consumidor por produtos esportivos.
Patrocinam os maiores nomes do esporte e estão presentes nas mais diversas modalidades.
No que tange somente o futebol, fornecem seus materiais aos maiores clubes e seleções do mundo e estão presentes nas mais importantes competições espalhadas pelos continentes expondo seus parceiros nos maiores mercados do futebol.
Under Armour: Uma das marcas que mais cresce nos Estados Unidos. Competindo em pé de igualdade com a Nike pelo mercado americano.
Assina produtos de extrema qualidade, ainda que com algum problema de logística (sobretudo no Brasil). Mas basta ver um vídeo disponibilizado pelo Beto Guerra (Web Radio Galo) onde os torcedores do São Paulo falam sobre a empresa (que fornece até então, de forma exclusiva, o material do tricolor paulista em território nacional) para percebermos que dentre prós e contras eles estão satisfeitos com a fornecedora.
Qual é a visibilidade da Topper?
Com todo o respeito que me merece a Topper ela fornece seu material a um único clube da Série A do país. O Botafogo.
O restante do mercado onde ela atua está entre clubes de Série B do Brasil (Náutico, Brasil de Pelotas, Paraná Clube, dentre outros) e times de médio e pequeno porte da Argentina e Uruguai.
Sendo que na Argentina é importante excetuarmos o Racing (que não está no patamar anteriormente citado).
A Topper também tem as mesmas dificuldades de logística e atendimento ao mercado interno. Basta ver o vídeo também postado pelo Beto Guerra a respeito da Topper quanto ao atendimento ao Botafogo e seus torcedores.
Se todos tem a mesma dificuldade por que então assinar com uma empresa que tem maior expressão no mercado? Porque não associar a marca Atlético Mineiro a uma fornecedora (parceira) tão forte quanto? Contribuindo assim no fomento, no fortalecimento e no estabelecimento do Galo no cenário internacional?
A cada ano que se passa a gestão Nepomuceno mais tenho a convicção de que ele não está preparado (ou melhor nunca esteve) para comandar um dos maiores clubes do Brasil. E a partir de 2017, com a divisão de atenções com as atividades do mesmo na PBH é possível que as coisas possam se avacalhar ainda mais.
Pra não dizer que tudo são espinhos...
A escolha pelo Roger, ao meu ver, foi a mais acertada. Pois se trata de um treinador estudioso, que dá ao clube que treina padrão tático e técnico. Contudo, precisamos saber da Diretoria se a escolha pelo treinador foi só pelo nome (dentre as opções existentes no mercado) ou pela filosofia do trabalho dele.
Eu espero que a opção tenha sido feita pelo segundo motivo. E assim sendo, que a Diretiva alvinegra banque o trabalho do treinador. Dando a Roger Machado tempo e as peças (dentro das possibilidades do clube) que ele entenda como necessárias para a montagem do elenco e para que o resultado apareça em campo.
O torcedor tem papel fundamental!
Meu apelo agora vai para a torcida. Em caso de um insucesso inicial (seja a competição que for) não peçam a cabeça do treinador. Deem o tempo necessário para que ele possa trabalhar e consequentemente, apresentar resultado. Nada acontece num passe de mágica ou num estralar de dedos.
Voltando a Diretoria...
O que eu e os torcedores querem para o próximo ano é que a diretoria seja mais efetiva. Que reconheça os seus erros (que não foram poucos em 2016) e que a postura seja diferente.
Que haja uma profunda análise dos resultados obtidos neste ano e consequentemente, uma efetiva cobrança em setores onde o trabalho está muito a quem do que deveria.
Que caia a viseira! Que todos participem da mudança pela qual esse clube precisa passar.
Porque do jeito que está, não dá pra continuar!
Saudações Alvinegras!