Análise e perspectivas

Esse texto deveria ter sido publicado ontem. Contudo, de forma totalmente proposital, deixei para publicá-lo hoje pois era preciso analisar a estréia do Galo no Estadual e poder pensar nas perspectivas para a próxima partida. O Clássico da próxima quarta-feira pela Primeira Liga.

Em relação a partida (vitória de 1-0 sobre o América de Teófilo Otoni) eu aprovei o jogo proposto pelo Atlético (melhores momentos disponível no "menu sobre" deste blog).

De fato foi possível observar o time jogando em blocos, com linhas muito próximas, com a marcação adiantada conforme fora treinado na Cidade do Galo na pré-temporada e detalhado aqui no Venerado na publicação anterior.

*Não conferiu? Então veja: http://martinslfernando.wixsite.com/veneradomilhoes/single-post/2017/01/26/As-linhas-do-matem%C3%A1tico-Roger-Machado

Sobretudo no primeiro tempo o time criou várias oportunidades de gol e acabou pecando nas conclusões. Teve um bom desenvolvimento físico por cerca de 70 minutos (considerado os 45 inciais e mais 25 da segunda etapa). Após isso, pesou a falta de ritmo e então o América ameaçou a meta atleticana.

Além do resultado, o Atlético mostrou mudança na sua forma de jogar (reflexo de seu treinador). Valorizou a posse de bola, trocou passes com mais acertos, jogou com a bola no chão e evitou os lançamentos. E isso precisa ser valorizado.

Clayton

Tá muito claro que o jogador deixa (até o momento na sua passagem pelo Galo) a desejar.

Principalmente se compararmos o jogador em tempos de Figueirense. Contudo, não vi com bons olhos as vaias do torcedor quando foi anunciada sua substituição.

É a primeira partida do ano. Ademais, o torcedor precisa entender que foi mudada uma filosofia na forma do time atuar e que todos os jogadores, em algum momento, terão dificuldade pois estão passando por um período de assimilação.

Perspectivas para o Clássico

Apesar de os dois times virem de uma pré-temporada, acredito que o rival estará melhor assentado em campo. E antes que alguém me critique, eu fundamento minha opinião sob a perspectiva de que o adversário mexeu menos em termos de elenco.

Sendo sua única novidade o Diogo Barbosa pela lateral esquerda. Enquanto que o Atlético teve mudanças na zaga, nos volantes e na linha de atacantes abertos pelo lado.

Mas isso não significa que haja um favorito para o confronto. Até porque, a falta de ritmo pesará para os dois lados. Se tivemos dificuldades contra o América no segundo tempo o mesmo pode ser percebido no jogo do rival contra o Villa Nova.

Se eu fosse o Roger...

Eu mudaria uma peça para a partida.

Sacaria o Clayton e entraria com o Maicosuel aberto pela direita. Acredito que o camisa 70 terá capacidade de explorar melhor o lado esquerdo do adversário. Quem acompanhou o Diogo Barbosa pelo Botafogo no ano passado, viu que ele tem sérias dificuldades na marcação. Tanto que a época, o treinador do alvinegro carioca o colocou numa segunda linha de meias, apoiando mais o ataque e deixando outro lateral esquerdo (Victor Luis) para recompor e preencher os espaços deixados pelo Diogo.

Otero poderá ser o diferencial!

Um dos melhores em campo contra o América - TO poderá ser o diferencial também nesse jogo. Ezequiel (lateral direito) do rival é um jogador muito limitado. Otero poderá explorar muito bem aquele lado e assim "prender" os avanços do camisa 2 adversário. Consequentemente, limitará as subidas do Arrascaeta também pelo mesmo lado do campo. Já que sem a cobertura de Ezequiel o uruguaio deixaria muitos espaços as suas costas para contra-ataques que podem ser puxados por Fábio Santos.

Será um jogo de Xadrez

De certo é que para evitar um desgaste físico exagerado, o Atlético deverá reter a bola e mantê-la a sua posse. Ou seja, propor o jogo. Mas com muita inteligência. As linhas deverão estar próximas e as oportunidades criadas têm de ser aproveitadas. Uma peça movida com correção ou imperfeição implicará em vitória ou derrota.

Agora, independentemente de qual seja o resultado, a torcida do Galo não pode variar da euforia a melancolia exagerada. Lembrem-se:

Essa será, somente, a segunda partida do Galo no ano. Além disso, muitas peças hoje que não estão disponíveis estarão aptas em um futuro breve.

Teremos além de muita qualidade, um time muito competitivo. Por isso deixem o Roger trabalhar com serenidade e tranquilidade.

É como bem disse o presidente Daniel Nepomuceno ontem durante o prêmio do Troféu Guará.

"Nossa prioridade é a Libertadores e o Brasileiro."

Saudações Alvinegras!

Foto: Gazeta Esportiva (Divulgação: Clube Atlético Mineiro)

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