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Será que a grama dos rivais é mais verde?

Olá Massa!

Eu deveria estar falando da suada vitória contra o Villa Nova pelo Estadual. Poderia também estar dissertando sobre a expectativa para a estreia do Galo pela Libertadores...

Contudo, o comportamento "chato" e inexplicável de parte da torcida (sobretudo nas redes sociais) me inclinou a começar a coluna da segunda-feira abordando tal condição.

Justificando o título deste post, será mesmo que a grama dos rivais é mais verde?

No domingo que passou vi gente reclamando da dificuldade que o Atlético teve com o Democrata e com o Villa Nova, que o rival local vence e convence, que o Abel (após a merecida conquista de ontem) é o melhor treinador do Brasil, entre outras pérolas... Conseguiram até ressuscitar a derrota no primeiro clássico do ano.

Aí eu faço alguns questionamentos:

Alguém sabe, por acaso, me dizer quanto foi o placar do rival contra o América de Teófilo Otoni (lanterna do campeonato estadual) ontem?

Será que aqueles que traçam comparativos têm o cuidado de analisar todos os resultados e a condição técnica de cada time nos confrontos realizados em 2017?

Quando comparam perfis dos treinadores, esses torcedores têm conhecimento de há quanto tempo Abel e Roger ocupam essa função?

Eu aposto um doce que não! Criticam, falam asneiras pelo simples prazer de encher a paciência de qualquer um que seja mais ponderado e coerente. Não estudam a questão por que dá trabalho levantar dados e interpretar fatores que implicam sim em resultados finais dentro das quatro linhas.

Então pra você torcedor "Nutella" e preguiçoso, alguns dados bem relevantes para sua análise. Começando pelo campeonato estadual, estabeleci uma linha de tempo entre Atlético e o rival:

Rodada 1 - Atlético 1-0 América TO / Villa Nova 1-2 Cruzeiro

Rodada 2 - Tombense 0-3 Atlético / Cruzeiro 2-1 Tricordiano

Rodada 3 - Atlético 3-0 Uberlândia / Tupi 0-4 Cruzeiro

Rodada 4 - Atlético 4-1 América / URT 1-1 Cruzeiro

Rodada 5 - Democrata 2-3 Atlético / Cruzeiro 2-1 Caldense

Rodada 6 - Atlético 2-1 Villa Nova / América TO 0-1 Cruzeiro

Resumidamente:

Atlético - 06 vitórias, 18 pontos em 18 possíveis. 16 gols pró e 05 contra;

Rival - 05 vitórias, 01 empate. 16 pontos em 18 possíveis. 12 gols pró e 04 contra.

A grama do rival é realmente mais verde que a nossa?

Clássico pela Copa da Primeira Liga

Caso você não se recorde, o clássico foi apenas o segundo jogo do Galo na temporada 2017. Antes, a vitória por 1-0 na estreia do campeonato estadual.

Independente disso, vou considerar os 11 titulares que começaram aquele jogo e fazer um comparativo de quem já estava no elenco desde 2016 para basear a discussão a um fator primordial e que foi preponderante, ao meu ver, para o resultado daquela partida. O entrosamento.

Escalação do Atlético:

Giovanni (não era o titular ao final de 2016)

Marcos Rocha (terminou como titular em 2016)

Gabriel (terminou como titular em 2016)

Felipe Santana (recém chegado do futebol europeu)

Fábio Santos (terminou como titular em 2016)

Rafael Carioca (terminou como titular em 2016)

Yago (recém promovido da base, não havia atuado no elenco profissional)

Cazares (oscilou entre titularidade e opção em 2016)

Maicosuel (reserva, mas atuou em 2016)

Otero (terminou como titular em 2016)

Lucas Pratto (posso considerar como titular / revezou com Fred)

Técnico: Roger Machado (recém chegado ao clube)

Escalação do Rival:

Rafael (terminou como titular em 2016)

Ezequiel (terminou como titular em 2016)

Léo (terminou como titular em 2016)

Manoel (terminou como titular em 2016)

Diogo Barbosa (recém chegado do Botafogo)

Henrique (terminou como titular em 2016)

Ariel Cabral (terminou como titular em 2016)

Robinho (terminou como titular em 2016)

Arrascaeta (terminou como titular em 2016)

R. Sóbis (terminou como titular em 2016)

Alisson (reserva, mas atuou em 2016)

Técnico: Mano Menezes (terminou no comando do time em 2016)

Eu sequer mencionei os desfalques. Jogamos naquela oportunidade sem Robinho, Fred e Victor. Fora que não tinhamos como opção o Luan que estava lesionado.

Comparada somente as formações e a rodagem dos elencos que entraram em campo naquele clássico alguém ainda vai me dizer que a capacidade de entrosamento não fez a diferença a favor do rival?

Abel x Roger Machado

É totalmente descabida e uma asneira sem tamanho qualquer tipo de comparação.

O primeiro tem 64 anos de idade e é treinador desde 1985. Ou seja, 32 anos de carreira.

Roger tem 42 anos, começou sua carreira em 2011 no Grêmio. Ou seja, 06 anos como técnico de futebol.

Até uma criança sabe que não se compara bananas com uvas. No nosso caso específico, 32 com 6 anos de experiência é um abismo!

O que falta ao torcedor (independente de clube) é capacidade de discernimento. Sendo mais claro, deixar de ser "Maria vai com as outras" (sem maiores trocadilhos)... Absorvendo o que o comentarista ou "analista" fala como verdade absoluta e indiscutível.

Restringindo a nós atleticanos, está faltando além de bom senso, mais identificação com as coisas do nosso clube. O nosso gramado é que deve ser o mais verde!

Ademais, o ano é muito mais que a Taça Guanabara ou um jogo, pela Primeira Liga, que não valeu absolutamente nada!

Falando um pouquinho de futebol...

Parabéns ao Villa Nova que dentro de sua proposta de jogo (atuar de forma defensiva) o fez muito bem! Deu ao Atlético muito trabalho para que a vitória viesse.

Menção honrosa ao Roger Machado pois foi mais uma vez o responsável pelo triunfo. Analisou muito bem o rumo que a partida tomava, ousou na substituição, correu riscos e conquistou os três pontos que nos mantiveram na liderança do Estadual (com 100% de aproveitamento).

E houve torcedor "Nutella" que disse que o treinador não estudou o adversário e que por isso escalou errado. Eu gostaria muito que esse "torcedor" me mostrasse em que jogo (nas rodadas anteriores a atual) onde o Villa Nova jogou com os 11 jogadores atrás da linha da bola adotando a postura, quase exclusiva, de se defender.

Libertadores o que esperar...

Tão inesperada como a postura do Villa Nova será qualquer avaliação sobre o Godoy Cruz.

Até para que os "Nutellas" fiquem bem informados, é importante mencionar que o campeonato argentino se encontra parado devido a falta de pagamento aos clubes. E por isso, um material com as atuações mais recentes do time alvi-celeste serão dificultadas. Para que você tenha uma ideia, os clubes portenhos estão se preparando muito pelo uso de amistosos.

De certo é que não será jogo fácil, pois estamos falando de Libertadores da América!

Recorrendo novamente ao Villa, foi muito boa a experiência difícil pela qual passamos. Já que nos jogos aqui em BH o Godoy Cruz, o Sport Boys e o Libertad atuarão à moda Leão do Bonfim.

Com as linhas compactadas na defesa e jogando por uma bola.

Por hoje é só.

Saudações Alvinegras, avante Galo!

Fotos: Google / Twitter respectivamente


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