Um novo Galo além das Gerais?
Fala Massa!
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Relacionada a estreia do Galo no Campeonato Brasileiro, eu compartilho da mesma satisfação que os torcedores atleticanos (pelo menos, a maioria destes) tiveram de ver o time jogar.
Atuando de igual pra igual contra o seu maior rival interestadual. Em pleno Maracanã, com 50 mil presentes...
Time estruturado em campo. Com forma e padrão definidos, impôs sua forma de jogar.
Teve a posse de bola, foi melhor em boa parte da partida e as peças que entraram (ainda que não estejam no mesmo nível dos titulares) não comprometeram. Pelo contrário, executaram as funções conforme as determinações do treinador.
Aliás, esse é o grande "sonho" de qualquer treinador, dirigente e torcedores. Trocam-se as peças e o esquema permanece. O time joga sem sentir as ausências (por maiores que elas sejam).
E o melhor tudo isso, longe de casa...
Temos um novo Galo além das Gerais?
Não precisamos ir muito longe para recordarmos da dificuldade histórica que o Atlético teve nas partidas disputadas além das fronteiras mineiras... Quantos foram os títulos que escaparam por entre nossos dedos pelo simples fato do time não saber se comportar nos jogos fora de casa? E os que foram conquistados de maneira dramática, com sofrimento muito acima do necessário?
Não que o atleticano goste de "sofrer". Não atoa, entoa "Se não for sofrido, não é Galo"
Entretanto, era preciso quebrar mais esse paradigma. Tão necessário quanto, poupar o mantra do impossível "Eu Acredito!".
Para tanto, era preciso "aprender" a jogar fora de casa. E a primeira lição foi executada com êxito.
Roger Machado não reinventou a roda. Manteve o estilo e o primordial, não abriu mão de agredir o adversário.
Tá certo que o primeiro tempo foi meio morno... Ainda sim, o time apresentou um equilíbrio emocional formidável. Não é fácil sair atrás do Flamengo, no Rio de Janeiro, com o estádio apanhando um grande público e mesmo assim, permanecer ativo na partida.
Não só buscou o empate no segundo tempo, quanto teve oportunidade de virar o jogo.
Ah Rafael Vaz... Se não fosse você, Cazares sairia consagrado de um dos maiores templos do futebol mundial.
E por falar no equatoriano...
Que caneta foi aquela no Pará? O franzino camisa 10 atleticano vem praticando o fino da bola...
Seja centralizado ou caindo pelos lados do campo, vem contribuindo demais a cada oportunidade que lhe é dada. Infiltrando pela defesa adversária com muita velocidade e habilidade. Fora as assistências e finalizando muito mais ao gol.
Mérito para o Roger, que dentre tantas realizações, recuperou o futebol desse garoto!
Ainda sobre o comandante...
O padrão de jogo se sustenta na mesma proporção que varia com a mudança de única peça.
Seja com uma alteração, ou mesmo por uma simples orientação do treinador quanto ao posicionamento.
O esquema mente!
Quem ouve um setorista, no pré-jogo, dizer:
"O Atlético vem a campo com três volantes (...)" logo poderia pensar:
Lá vem, time retrancado, medroso! Com três meias brucutus dando porrada... No, Take it easy!
Não quando os "volantes" do seu time são Rafael Carioca (exímio passador), Adilson (marcador implacável com uma leitura de antecipação as jogadas espetacular) e Elias (elemento surpresa que se transforma em um meia ofensivo pela direita, e ótimo finalizador de média e longa distância).
Eles se completam defensiva e ofensivamente. Dão o equilíbrio que tanto faltou nas temporadas anteriores e no início dessa.
O Galo não é um time engessado!
Nem a 11 titulares, tão pouco a uma única forma de jogar. Na mesma partida o Atlético passa de um 4-2-3-1 para um 4-4-2. Volta ao esquema anterior e se transforma novamente quantas vezes forem necessárias.
No ataque os jogadores "flutuam" a todo momento. É o Fred que sai do papel de centroavante para cair pelo lados do campo (atraindo a marcação) e abrindo espaços para o Robinho, para Otero e Elias.
O pedalada sai da esquerda, vai pra direita, ora joga centralizado. O venezuelano sai da direita, vai pra esquerda confundindo a marcação adversária.
O Cazares entra e inverte a todo o momento com o Robinho e infiltra pelo centro... Ufa!
São inúmeras variações táticas a serviço de extrair o melhor de cada jogador. E isso vem acontecendo.
Trabalho de um grande treinador do qual temos que valorizar e aplaudir.
Você é "MONSTRO" Roger Machado!
Amanha é dia de Libertadores!
O CAMpeão Estadual dá um tempo no Brasileirão e foca na Copa!
Amanhã é jogo duro contra os argentinos do Godoy Cruz. Vale a primeira posição do grupo 6 e a possibilidade de estar entre os clubes com as melhores campanhas na fase de classificação.
O que dá vantagem (apesar de haver sorteio para a definição do adversário das oitavas de final) de poder decidir o confronto em seus domínios.
Não que eu esteja preocupado em jogar fora de casa (após a demonstração de força de sábado) mas sabe como é... Vantagem é vantagem. Pergunte para o rival se não é verdade?
Um parêntese:
Ao nosso arqueiro santo @victor1 nossa consternação e respeito pela passagem de seu pai.
Nós do Venerado por Milhões e toda a massa atleticana entendemos a dor que você, e seus familiares, devem estar sentindo... Desejamos muita Luz e Paz e que o Senhor Jesus possa consolá-los nesse momento tão complicado.
Que amanhã o torcedor faça uma grande festa no Horto. Que não se esqueça de homenagear o nosso ídolo com um silêncio sincero e respeitoso quando o juiz der o sinal.
Se o nosso camisa 1 não estiver em campo, que quem for substituí-lo seja abraçado e apoiado pelo torcedor.
Giovanni, Uilson. Confiamos em vocês!
Saudações Alvinegras!
*Fotos extraídas do Flickr Oficial do Clube Atlético Mineiro