Bagunça "DES"organizada...
O aprendiz de presidente pediu e tá aí. O Galo Doido voltou... Entretanto, está de volta o que de pior o esquema tático vencedor da Libertadores 2013 e da Copa do Brasil de 2014 tinha a oferecer... a total e absoluta desorganização defensiva!
O segundo gol do Fluminense é o retrato de tal desarranjo... Léo Silva e Bremer fora da grande área marcando não sei quem, Elias e Yago distantes assistindo Gustavo Scarpa alçar a bola na área... Pra finalizar a lambança, Luan o "zagueiro" pra disputar a bola com o Henrique Dourado.
E Por falar na defesa... É incrível a capacidade de "percepção" dos nossos defensores.
Desde o início do jogo o Fluminense explorou muito os levantamentos a grande área. Em números totais (contando certos e errados) foram 30 do Fluminense contra 14 do Galo* *Números do nosso parceiro Galo Estatísticas
Mas o ponto que eu quero esmiuçar é o seguinte:
Todas as bolas alçadas pelo tricolor carioca na área do Atlético visavam a 2ª trave.
Não importando se os cruzamentos eram feitos em jogo, ou com a bola parada. Se viessem da esquerda ou da direita.
A todo momento a bola era direcionada a segunda trave... Será que o Victor, o Léo Silva (jogadores experientes) não perceberam a estratégia do Fluminense?
O Galo concentrou a todo momento seus jogadores mais altos e com maior impulsão no centro da grande área e na primeira trave, talvez isso explique alguma coisa...
De tanto que o Fluminense tentou, acabou marcando. Dourado subiu (na segunda trave) completamente sozinho.
A sensação que dá é que os caras são incapazes de ler o que o adversário está propondo... É impressionante!
E por falar no Victor...
Ainda que com a ressalva feita, foi o melhor em campo!
Fez cinco defesas de médio para elevado no que tange o grau de dificuldade. Se não fosse o arqueiro santo a coisa poderia ter ficado feia no Maracanã.
O jogo em si
No contexto geral, o nível de atuação do Atlético foi razoável. Um pouco melhor no segundo tempo após a alteração do Micale que sacou o Roger Bernardo para a entrada do Valdívia.
Vi muita gente criticando o treinador atleticano por ter optado pela manutenção do esquema com três volantes. Entretanto, pelas características do adversário e o fato do jogo ter sido fora de casa, não acredito ser o caso de criticar a escolha do Rogério Micale.
Talvez ele não contasse com o péssimo desempenho de seus volantes. Roger muito mal nas saídas de bola, Yago com muitas dificuldades na marcação e Elias que não foi efetivo como meia, tão pouco eficiente como marcador.
Valdívia
Entrou muito bem no jogo. Flutuou no campo.
Ora aberto pela direita, ora pela esquerda, em alguns momentos atuando pelo meio. Tanto que o gol por ele anotado acontece de uma infiltração pelo centro, buscando a tabela com o Cazares e recebendo em condições de arrematar para o gol de Júlio César.
Após a boa partida de ontem, Valdívia deve ter colocado aquele "X" de interrogação na cabeça do Micale. Pois ficou nítido e notório de que o time se houve melhor com mais um meia sem posição fixa.
Além de abrir muitos espaços na defensiva tricolor, o camisa 20 atleticano foi responsável pelo crescimento no rendimento do Cazares na partida. Já que a responsabilidade de criação de jogadas passou a ser dividida entre eles.
Fred e Robinho
Fica difícil qualquer tipo de avaliação.
O centroavante entrou aos 26 do segundo tempo. Totalmente sem ritmo, mal participou do jogo, tão pouco recebeu uma bola em condição de finalizar ou tentar qualquer outra jogada mais efetiva.
De quebra, levou o terceiro amarelo e está suspenso para a partida do próximo domingo contra a Ponte Preta em Campinas.
Robinho
Entrou aos 42... Mal teve tempo de por o pé na bola.
A sensação que fica é que tanto atleta quanto clube estão se resguardando.
O jogador em rota eminente de saída a se confirmar com o fim da temporada e o Atlético querendo se "livrar" dos altos custos do atleta que não se justificou até então em 2017.
Rafael Carioca
Vendido ao Tigres do México por US$ 6.000.000,00 (Sendo que o Galo fica com 3 milhões por deter 50% dos direitos, e a outra metade vai para o Spartak Moscou detentor dos outros 50%).
Do ponto de vista esportivo, não gostei. Haja vista toda a "qualidade" demonstrada pelo Roger Bernardo ontem como primeiro volante...
Um jogador que não consegue acertar um passe de 10 metros, que não tem habilidade alguma com a bola.
Vou além...
Acredito que teremos muitas dificuldades pois não vejo nenhuma similaridade, ainda que mínima, no estilo de jogo dos volantes que restaram no elenco (Yago, Ralph, Roger e Adilson) para fazer tal função. Talvez o Blanco, mas além de estar lesionado o mesmo tem mais perfil de meia (jogando na função do Elias) do que na de primeiro volante frente a defesa.
Como diria minha mãe tudo tem a sua hora...
Todos nós sabemos que os clubes brasileiros precisam vender jogadores para manter os compromissos equilibrados. Entretanto, ao meu ver, a venda do Rafael Carioca acontece em momento totalmente inoportuno.
O clube não poderia ter aberto mão de sua qualidade. Não na atual fase do clube e perante tudo que está em jogo até o fim desta temporada.
Agora sem Carioca é momento de seguir adiante. Domingo é contra a Ponte fora de casa.
E uma vitória passa a ser fundamental. Inicialmente por se tratar de um confronto direto pela luta contra o rebaixamento.
O Galo com 26 pontos está três à frente do primeiro time dentro da zona de rebaixamento (São Paulo) a Ponte tem 27.
Fora a briga contra o descenso, o Galo se encontra agora a quatro pontos do G-6.
Onde o rival (sexto colocado) tem 30 pontos ganhos. Portanto, o triunfo é fundamental para se manter vivo nessa briga pela Libertadores.
Pelo o que brigaremos?
Rebaixamento? Libertadores?
Façam suas apostas.
O texto de hoje é dedicado ao Willy Gonser - A voz do Galo, que nos deixou na manhã de hoje. Inclusive, fizemos uma homenagem a ele no novo segmento do blog (Menu Opinião). Pra quem desejar acessar diretamente do post, segue o link: http://martinslfernando.wixsite.com/veneradomilhoes/opiniao
Saudações Alvinegras!
*Foto: Flickr Oficial do Clube Atlético Mineiro
