A elegância está de volta!
- Admin
- 15 de mar. de 2017
- 5 min de leitura
Devido a compromissos profissionais publicamos hoje a coluna das terças-feiras. Antes, eu queria agradecer aos mais de 3.000 acessos ao blog referente a última publicação (quem não leu segue o link: http://martinslfernando.wixsite.com/veneradomilhoes/single-post/2017/03/09/Galo-com-crise-de-identidade ) fora as incontáveis participações pelo Twitter.
Vocês são muito generosos com esse blog. Meu muito obrigado!
A análise da vitória contra o Tupi foi "in loco" e com a presença do meu pai nas arquibancadas do "novo" Independência pela primeira vez... O que torna, sem dúvidas, esse texto ainda mais especial.
Sem maiores delongas, eu gostei do que eu vi.
Observei um time que valorizou bem a bola, que agrediu muito o adversário e criou muitas oportunidades. Levou alguns sustos é verdade. Sobretudo, nas jogadas aéreas.
Mas no cômpito geral, eu aprovei muito o esquema de jogo que o Roger fez o time propor ao adversário.
O time atuou num 4-4-2 clássico. Duas linhas de quatro e Robinho mais a frente próximo a Fred. A primeira linha com os dois zagueiros (Felipe Santana e Gabriel) e os laterais (Fábio Santos e Marcos Rocha) a segunda com Carioca e Elias centralizados e Otero e Cazares jogando mais abertos (inicialmente pela direita e esquerda respectivamente).
A movimentação e a troca de posições entre Otero, Cazares e Robinho foram fundamentais para abrir espaços na defesa do Tupi. Aliás, o time de Juiz de Fora até tomar o primeiro gol usou da mesma estratégia do Villa Nova... Ou seja, com os dez jogadores atrás da linha da bola (inclusive o centroavante Flávio Caça-Rato) e explorando os contra-ataques por uma única oportunidade.
O importante a ser mencionado é que o Atlético foi paciente pra tocar a bola, usou de muitas inversões de jogo, de infiltrações e trocas de posicionamento dos seus meias para furar a retranca do time da zona da mata mineira.
Destaques
Gabriel (aniversariante daquela noite);
Jogou muito bem. Mostrou que o deslize no gol sofrido contra o Godoy Cruz foi uma excepcionalidade. Seguro, bem posicionado em campo, antecipou muitas jogadas e foi preciso nos desarmes.
Elias;
Apareceu mais ao ataque. Jogou mais avançado (entretanto, ajudou defensivamente quando o time não tinha a bola) colaborando nas armações das jogadas ofensivas. Não atoa, foi premiado com um belo gol. Teve mais a cara daquele Elias dos tempos de Corinthians.
Robinho;
Atuou mais avançado. Um segundo atacante no sistema aplicado pelo Roger Machado.
Constantemente inverteu de posicionamento com o Cazares. Ora centralizado, ora caindo pela esquerda. Faixa de campo predileta dele. E o gol saiu exatamente numa dessas inversões, depois de tabela com Cazares que o colocou na cara do gol e a finalização foi perfeita após o corte no defensor.
Cazares;
Foi literalmente o 10 que falta a esse time! Não se omitiu do jogo em nenhum momento. Caiu pelos lados do campo, buscou as tabelas, abusou da sua qualidade técnica, trocou de posicionamento com Otero e Robinho e de quebra, também colaborou na reposição defensiva. Enfim, foi soberbo.
Fez o que sabemos do que ele é capaz de fazer. Ou seja, jogar futebol!
E por falar no equatoriano...
Depois do jogo de segunda a pergunta que mais se ouviu entre jornalistas, torcedores e na coletiva de Roger Machado foi:
Cazares ou Danilo na meia esquerda?
Particularmente, eu entendo que vai depender do adversário. Acredito que, em propostas diferentes de jogo, cada jogador por suas características tem a oferecer o que o treinador necessita.
Danilo mais capacidade de marcação, disciplina tática, boa visão de jogo (sobretudo, nos passes longos) preenchimento de espaços e chegada ao ataque. Cazares, por sua vez, mais velocidade, recurso técnico, visão de jogo, bom nos passes curtos, eficiente nas assistências e nas triangulações e tabelas.
Independente da minha opinião, fico com o que Roger falou em sua coletiva após a partida:
Dependerá de quem for mais efetivo e constante nas partidas. Que entregue sempre o que pode.
Veja a coletiva acessando nossos vídeos.
A elegância está de volta!

Na minha opinião o melhor em campo. Perfeito nos desarmes, um impressionante índice no número de acertos de passes, deu a qualidade (já esperada) nas saídas de bola da defesa. Depois de tanto tempo com seu terno na tinturaria (entenda-se aquela má vontade nos tempos de Marcelo Oliveira) ele voltou a vestir seu Armani e nos últimos jogos vem sendo um dos jogadores mais constantes do meio campo alvinegro.
O que Rafael Carioca jogou foi um absurdo!
Volante moderno que sabe que pra se fazer respeitar não é preciso dar pancada. E sim, se posicionar. E isso ele faz com correção.
Roger trouxe ao camisa 5 atleticano o ingrediente que faltava ao seu bom futebol:
Motivação. E assim ele está! Motivado, querendo jogo e sendo primordial no sistema de jogo implantado pelo comandante alvinegro.
Não diferente dos torcedores e eu o critiquei muito ao fim da temporada anterior. Cheguei a lamentar que o presidente Nepomuceno recusasse uma possível proposta chinesa pelo jogador no início desse ano...
Agora, eu percebi que estava errado. E ainda bem que os "deuses do futebol" fizeram com que saída de alguns, a lesão de outros culminassem com a necessidade de permanência dele no elenco para 2017.
Nunca é tarde demais para dar o braço a torcer. Um brinde ao padrão Carioca de jogar futebol!

A volta do Maluquinho do Galo!
Eu estava lá... Durante o primeiro tempo um ensaio do torcedor que aos plenos pulmões cantou o seu nome... Aos 10 minutos do segundo o coro definitivo, aos 20 o atendimento ao pedido da Massa.
Sim! Luan voltou! Mais um retorno dessa lesão implacável que acomete o jogador.
Ainda que faltasse o ritmo e houvesse desconfiança, o camisa 27 não demonstrou receio. Mostrou a raça, a aplicação de sempre e correu como nunca! A cada minuto em campo ele justifica a alcunha que Júnior Brasil (comentarista esportivo) deu a ele: Tem o Galo tatuado na alma.
Que Roger tenha serenidade de saber os momentos adequados para melhor utilizá-lo, pois é o tipo de jogador capaz de mudar a perspectiva de uma partida.
Que o torcedor tenha a capacidade de discernimento para entender que Luan precisa ser preservado e que portanto, há de se ter o devido cuidado com ele.
Qualquer postura diferente dessa, pode implicar na perda dele por outro tanto tempo.
Seja bem-vindo de volta Luan!
Precisa melhorar...
Marcos Rocha e Fábio Santos caíram muito de produção nos últimos jogos...
O primeiro, desde que ventilado pela imprensa portuguesa e mineira do interesse do Sporting CP (Portugal) no seu futebol para a próxima janela de transferências. Desde então seu rendimento em campo decresceu vertiginosamente.
Não sei se foi somente o interesse ou se o jogador passa por qualquer outro tipo de dilema pessoal ou profissional. Mas o fato é que o camisa 2 não vem atuando bem.
Parece que depois dos volantes o setor do time que entrou na berlinda (quando avaliamos as atuações) são as laterais.
Não diferente de Rocha, Fábio Santos também está devendo...
Diferente do lateral direito, não existem especulações envolvendo seu nome. Todavia, é preciso a comissão técnica avaliar o que está acontecendo. Eu acredito que seja somente uma má-fase em que está nosso camisa 6.
E para que essa acabe logo, é preciso dar sequência ao Fábio.
Seria hora de testar Danilo na lateral?
Essa pergunta me foi feita no Twitter. Eu sinceramente não sei se é o momento.
Mas sendo totalmente contraditório, também não vejo empecilhos para que um teste fosse feito. Porém faço uma ressalva:
Que tal avaliação seja feita no campeonato estadual.
Pra encerrar...
Roger e comissão técnica vamos treinar as bolas aéreas defensivas!
A defesa (independente da formação) está tendo dificuldades constantes quando o adversário alça a bola sobre nossa área. Seja com a bola em movimento ou parada.
Por hoje é só. Um grande abraço e obrigado a todos que interagiram conosco na nossa última publicação!
Saudações Alvinegras!
Fotos: Gazeta Esportiva / Flickr Oficial do Atlético Mineiro (Bruno Cantini)